Roubos aumentam e elevam preços de seguros automotivos


 O aumento de roubos de veículos e de acidentes resultou na alta do preço de seguros em Goiás, que subiu entre 15% e 20%. Dados do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de Goiás (Sincor-GO), mostram que o volume de roubos de carros em Goiás, praticamente, dobrou em 2009 e a frequência de acidentes de trânsito ficou acima da média nacional. De acordo com o presidente do Sincor-GO, Joaquim Mendanha Ataídes, a elevação dos sinistros e o volume de indenizações pagas pelas seguradoras incidiram no aumento das novas apólices.

A expectativa é de redução dos valores e crescimento de até 15% no segmento de seguros polulares. Dados mostram que 30% dos automóveis em circulação no País são segurados. Escolher o melhor seguro não é uma tarefa simples. O primeiro passo é pesquisar os produtos oferecidos. Em Goiás, são 300 seguradoras associadas ao Sincor-GO.

O consumidor deve se informar, por exemplo, que o Gol e o Palio são os veículos mais visados pelos assaltantes, portanto, o valor do seguro é mais alto. Uma mulher de 30 anos, que utiliza carro Gol 1.0 equipado para ir ao trabalho e à faculdade em Goiânia, em março do ano passado, pagava cerca de R$ 1.500 na apólice do seguro. Hoje paga cerca de R$ 2 mil.

Nesse mesmo período, o preço de mercado desse automóvel despencou quase 20%. Esse é apenas um exemplo entre muitos, mas ilustra a atual política de reajustes do mercado. O administrador Salviano Silva Oliveira, 41, diz que é segurado há mais de 15 anos. Por isso, teve desconto especial na renovação da apólice. Ele conta que só bateu uma vez, mas nunca dispensou o seguro. Quem for renovar a apólice pode ter excelentes descontos, diz o corretor José Antônio de Oliveira Junior.

O perfil do segurado, localização e utilização do veículo são essenciais na hora de definir o preço do seguro. Os preços são mais salgados para motoristas com idade entre 18 e 25 anos. Já para mulheres, os descontos são maiores . Estatísticas comprovam que 80% das colisões têm o sexo masculino ao volante. “Batida de carro de mulher não tem grandes impactos”, comenta Bruna Martins Andrade, assistente técnica de uma seguradora. Investimento em proteção deixa apólice mais barata Para quem deseja economizar na hora de pagar seguro, o investimento em equipamentos de proteção é uma saída.

As empresas oferecem bons descontos para quem tem garagem instalar equipamentos que protejam o carro de roubos. Outro recurso, se o carro for dividido por um casal, é fazer o seguro no nome dela, já que estatísticas provam que as mulheres são mais cautelosas ao dirigir, por isso as seguradoras cobram menos. O corretor José Antônio argumenta que não é vantagem fazer seguro de carro com mais de dez anos de uso, ao não ser que a pessoa já seja segurado durante este período.

Neste caso, ela pode receber um desconto de até 40% no valor da apólice. Foi o que aconteceu com um cliente da seguradora onde Bruna Martins trabalha. Dono de Tempra, no valor de R$ 7 mil, ele pagou R$ 1 mil pelo seguro. Para carro importado também não compensa fazer seguro. As seguradoras nem fazem seguro deste tipo de carro acima de cinco anos de uso.

Um Pegout 307 por exemplo que custa cerca de R$ 27 mil no mercado, pode ter um seguro de até R$ 5 mil. O corretor José Antônio diz que o alto preço de peças de reposição dos carros importados é o principal “vilão” da alta. Outro motivo é o crescimento da taxa de sinistralidade no Estado.

Segs

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