Respeito à vida se aprende em casa – Carta do Leitor.


É com indignação que venho falar do uso obrigatório do cinto de segurança, principalmente para os passageiros do banco traseiro dos veículos e, especialmente, as crianças. Todos os dias presencio flagrantes de desrespeito às leis de trânsito, mas principalmente de falta de responsabilidade e de desrespeito à vida.

Quando nós, adultos,decidimos não usar o cinto de segurança,estamos assumindo o risco do que isso representa. Ainda assim, essa decisão não pode ser individualista, visto que, se no banco traseiro, podemos acarretar riscos para aqueles que viajam à nossa frente. No caso de criança, em que nossa obrigação, independente de serem nossos filhos, é cuidar e proteger, não podemos deixá-los escolher ou sucumbir à birras para não usar o equipamento de segurança.

Para muitos condutores e passageiros, o nome correto para denominar tal item do veículo deveria ser “cinto de multa”. Isto porque muitos condutores e passageiros só o utilizam quando se aproximam de uma bareira policial ou da Agência Municipal de Trânsito (AMT). Tornar obrigatório o uso de equipamento que se destina a nossa segurança deveria ser desnecessário, pela importância óbvia.

Há alguns meses, participei de um curso para renovação da habilitação. Durante as aulas, pude perceber que o foco maior das discurssões estava no uso obrigatório do cinto de segurança. Depois de debates regados à função do cinto e da indústria da multa, tive oportunidade de falar. Defendi que para nós condutores habilitados não há solução pela conscientização. Para os condutores que estão no trânsiohá algum tempo, o resultado, na maioria dos casos, só é alcançado ao atingir o bolso, ao qual a maioria dá atenção total.

Acredito no condutor do futuro, aquele que hoje deve se sentar ao veículo no banco traseiro, em cadeiras adequadas a sua idade. Se a este dermos a devida atenção e orientação sobre o porquê do uso do cinto de segurança ser obrigatório, esclarecendo sua importancia para evitar traumas, multilações, incapacidades, sequelas e mortes, teremos condutores melhores no futuro. Mas eles precisam de pais que façam a coisa certa e lhes orientem, o que nem sempre ocorre.

Exemplos são vários e diários. Na escola do meu filho observo, nos períodos de chegada e saída das crianças, que o uso do cinto não é respeitado, independente se transportados por familiares ou transportes pagos. As crianças sãjo jogadas nos bancos traseiros, há casos em que se sentam na frente, mesmo sem ter idade e altura para isso, e os carros saem em disparada, com condutores apressados.

O Popular – Leonino do Nascimento Camargo (Economista)//

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