Ônibus está mais rápido, mas ainda não o bastante.


Mudanças nas avenidas t-7 e t-9, que incluíram a proibição do estacionamento, provocaram melhorias no trânsito da região

Cerca de dois meses depois da implementação de mudanças nas Avenidas T-7 e T-9, o trânsito já apresenta melhorias tanto para os veículos particulares quanto para o transporte coletivo, que deveria ser o principal beneficiado com as alterações. Pesquisa do Consórcio da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), obtida com exclusividade pelo POPULAR, revela que a velocidade média dos ônibus nas duas vias aumentou, mas ainda está longe de alcançar o patamar ideal.

Antes alcançando velocidades entre 13 quilômetros por hora (km/h) e 16 km/h, os ônibus que percorrem os dois corredores apresentam velocidade que varia entre 15 km/h e 18 km/h, dependendo do horário. Entre as 6 e as 7 horas e entre as 17 e as 18 horas, no horário de pico mas quando o fluxo de carros é menor, a média é geralmente mais alta. Entre as 7 e as 8 horas e as 18 e as 19 horas, a situação piora (veja quadro)

Isso significa que quem depende do transporte coletivo em Goiânia e passa pelas regiões que sofreram modificações de tráfego já percebe sutilmente algumas diferenças positivas, mas não o suficiente para se sentir satisfeito. É o caso do contabilista Valter Ferreira, de 56 anos, que pega ônibus diariamente na T-9 e reclama que é preciso criar um corredor exclusivo para o transporte coletivo. “Só dando a devida prioridade aos ônibus, como em outras capitais, o transporte de massa vai deslanchar em Goiânia”, afirma.

Também na T-9, a recepcionista Wiara Cavalcante, de 27, diz que consegue perceber que o trânsito melhorou, “está menos agressivo”, exemplifica. No entanto, a jovem ressalta que demora cerca de 40 minutos no horário de pico para percorrer um trajeto pela avenida que não demoraria mais do que 15 minutos em horários de menor movimento. “Para mim, o gargalo da região está nas rotatórias. É nesses pontos que o trânsito para na hora do rush”, diz.

Alterações
O impacto positivo no fluxo de veículos nas Avenidas T-7 e T-9 por causa do fim do estacionamento de carros nas vias pode servir de exemplo para que o mesmo seja feito em outras ruas de Goiânia. Estão identificados, atualmente, mais de cem quilômetros de vias na capital onde o trânsito é considerado crítico e que se passassem por alterações semelhantes teriam a possibilidade de oferecer tanto aos veículos particulares como do transporte coletivo fluxo mais livre.

De acordo com o diretor-geral da RMTC, Leomar Avelino Rodrigues, além de medidas como a sincronização de semáforos, criação de corredores exclusivos para ônibus e mesmo a proibição de estacionamento, para melhorar o tráfego de carros e ônibus é preciso conscientização da população. Em outras palavras, é preciso que quem anda de carro compreenda sobre a importância de um espaço específico para o ônibus e, por isso, respeite e dê prioridade ao transporte coletivo.

O Popular //

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