Mudanças causam conflito em vias.
Fim de conversões à esquerda na t-9, retirada de rótulas da t-63 e falta de sinalização sobre alterações tumultuam trânsito.
Confusão e reclamação de sobra no entorno dos trechos que sofreram alterações ao longo das Avenidas
T-63 e T-9, em Goiânia, onde a retirada de rótulas e mudanças na sinalização restringiram movimentos, como as conversões à esquerda. Motoristas se queixam de falta de orientação por parte da Prefeitura mas, mais que isso, de serem obrigados a alterar rotas com as quais estavam acostumados e a andar um pouco mais. Alguns atropelam as novas regras de circulação, fazem retornos em locais indevidos e provocam congestionamentos em ruas próximas às duas avenidas, especialmente nos horários de pico.
Um exemplo é o cruzamento da T-63 com a C-185, no Jardim América. Com a retirada da rotatória do local e a instalação do semáforo, o recomendado é que o condutor que trafega pela avenida sentido centro-bairro vire à direita na C-156, logo após o sinaleiro. Porém, muitos motoristas antecipam o retorno, na C-185, gerando conflito na Rua C-139, via de grande fluxo que dá acesso à T-63. A espera acaba sendo inevitável e o risco de acidentes também. Ao longo da T-63, faltam, também, placas indicando a necessidade de o motorista fazer o loop de quadra para alcançar vias anteriormente acessadas por meio das conversões à esquerda, agora proibidas.
Pior que antecipar o retorno fazem alguns motoristas que insistem em realizar as conversões onde antes estavam instaladas as rótulas. Nesta semana, em pouco mais de 20 minutos a reportagem flagrou cinco condutores fazendo o retorno irregular. Os motociclistas, pelas características do veículo que pilotam, cortam caminho também em local proibido e não raro param em cima da faixa para travessia de pedestres.
Faixas improvisadas
Até que a sinalização definitiva indicando as rotas alternativas disponíveis para motoristas que trafegam pela Avenida T-9 sejam adquiridas pela Agência Municipal de Trânsito e Transportes (AMT), o órgão de trânsito instalou faixas para orientar o condutor. Mas as dúvidas persistem e as reclamações também.
Muitos se queixam de terem de trafegar por mais de uma quadra para conseguir fazer o loop e alcançar a via pretendida. É o caso de quem pretende acessar a T-2 a partir da T-9, onde a conversão à esquerda foi eliminada. Para fazer o loop, o motorista precisa fazer mais movimentos que o que consideram tolerável. “O problema é ter de andar várias quadras para virar e ainda cair num congestionamento enorme”, queixou-se ontem a cabeleireira Sônia Maria Novaes, de 42 anos.
Escolas Nos trechos onde as mudanças foram executadas, os condutores enfrentam problemas sobretudo com as filas formadas na porta das escolas da região no horário de entrada e saída dos alunos. Alguns retornos acabam levando à porta dessas unidades escolares, aumentando o tempo de espera. “Falta sinalização adequada aqui. O motorista acabou ficando perdido com essas mudanças”, diz o comerciante Sandoval Benedito Freitas, de 53.
Marcelo Pontes, chefe de Planejamento e Controle de Tráfego da AMT, explica que os motoristas têm muitas possibilidades de acesso onde ocorreram as alterações. “Estamos oferecendo algumas alternativas, mas há outras”, explica. Segundo ele, na imensa maioria dos casos o condutor conseguirá fazer o loop de quadra fazendo o retorno em apenas uma quadra, não sendo necessário se deslocar mais que isso.
Diretor do Departamento de Projetos da AMT, Ciro Augusto de Oliveira informa que a instalação das faixas ao longo da T-9 é uma medida paliativa, até que o processo de compra das placas de orientação seja concluído. O diretor assegura, ainda, que algumas ruas do Jardim América podem ser transformadas em mão única para melhorar a fluidez na região após a retirada das rotatórias da T-63. “Essas alterações estão em fase de projeto”, afirma Ciro Augusto de Oliveira.
O Popular – Deire Assis //