Fiscalização vê má-condição de trabalho no transporte coletivo.


Segundo superintendência do trabalho, as cinco empresas do sistema de Goiânia impõem jornada de trabalho excessiva,  intensa e desconfortável aos motoristas de ônibus.

Excesso e intensidade da jornada de trabalho, supressão e redução de intervalos, desconforto dentro dos veículos e pressão pelo cumprimento de planilhas.

Essas são as principais irregularidades cometidas pelas cinco empresas do transporte coletivo que operam em Goiânia – Rápido Araguaia, HP, Reunidas, Metrobus e Cootego – em relação às condições de trabalho dos motoristas de ônibus. A constatação é da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE-GO), que realizou fiscalização dentro dos veículos e nos terminais, do início de junho até o fim de setembro deste ano.

Depois de ter recebido mais de 15 denúncias, em dois meses, de motoristas de ônibus em relação às péssimas condições de trabalho, a SRTE-GO montou um grupo de fiscalização composto por auditores fiscais do trabalho – um médico, um engenheiro e três da área de legislação – que acompanhou a rotina destes trabalhadores durante o trabalho. “Muitos destes motoristas que fizeram as denúncias já tinham adoecido devido aos problemas no trabalho. As principais queixas deles foram confirmadas pelos fiscais, que trabalharam nos terminais e dentro dos próprios ônibus durante as viagens”, informou o chefe da Seção de Inspeção do Trabalho da SRTE-GO, Valdivino Vieira da Silva.

De acordo com Valdivino, foram constatadas péssimas condições de trabalho, o que atinge cerca de 2,8 mil motoristas. Foram lavrados durante a fiscalização 152 autos de infração. “Devido ao excesso da jornada de trabalho e da redução e também supressão dos intervalos, muitos motoristas nem sequer se alimentam. Também foi verificado pela nossa equipe, além da falta de tempo, que não há locais adequados para alimentação e repouso dos motoristas”, revela.

Estresse
O desconforto acarretado pelo barulho, o calor e a vibração gerados pelos motores dos ônibus são fatores que causam estresse nos motoristas. Segundo Valdivino, o acúmulo de tarefas que devem ser cumpridas por eles dentro dos veículos também agrava o quadro. “Ao mesmo tempo que têm de prestar atenção no trânsito, o motorista tem de orientar os passageiros, monitorar as portas dos ônibus e verificar o pagamento das


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