O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou ontem a prorrogação do prazo para a obrigatoriedade do uso de cadeirinha e outros equipamentos de segurança no transporte de crianças em veículos. A medida, prevista para entrar em vigor hoje em todo o País, passa a valer em 1º de setembro.De acordo com o Contran, a data foi decidida após órgãos de trânsito estaduais alertarem sobre a falta dos produtos, principalmente de assentos de elevação, no mercado. Em Goiânia, o produto também faltou.

A procura aumentou com o lançamento da campanha do uso da cadeirinha, no mês passado, com divulgação na TV, rádio, mídia impressa, internet e outdoors. “Não haverá nova prorrogação. É uma norma que vem proteger a criança e cabe aos pais dar a proteção para elas”, disse o presidente do conselho, Alfredo Peres da Silva.

O novo prazo coincide com o mês da Semana Nacional de Trânsito (de 18 a 25 de setembro), que terá entre os principais temas o uso do cinto de segurança e da cadeirinha. Segundo o presidente do Contran, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o uso de cadeirinhas reduz em 70% o número de crianças vítimas de acidente de trânsito.

Pela resolução, crianças de até 1 ano têm de ser levadas em um bebê-conforto; de 1 a 4 anos, em cadeirinha; de 4 a 7 anos e meio, em assento de elevação; e a partir dessa idade aos 10 anos, com cinto de segurança no banco de trás (veja quadro).O descumprimento da norma será considerado infração gravíssima, que leva à multa (R$ 191,54) e à perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Até lá, órgãos de trânsito podem promover blitz educativa para orientarem os pais.

A empresária Rosana Ferreira, de 29 anos, que tem uma filha de 1 ano e 5 meses diz que sempre usou a cadeirinha e que já comprou três, já que é preciso mudar de acordo com o peso da criança.”Tanto o meu carro como o do meu marido têm a cadeirinha, pois achamos muito importante para a segurança da nossa filha. O risco da criança que anda solta no carro machucar é muito grande”, disse.(Redação com AE)Assento para crianças maiores “desapareceu” . Quem deixou para adquirir o equipamento adequado para o transporte de crianças de última hora pode enfrentar problemas.

 Em Goiânia, os assentos de elevação estão em falta em boa parte das lojas. Renata Paiva, de 27 anos, comerciante, disse achar que o uso da cadeirinha é essencial, mas confessou que sua filha de 4 anos não estava usando mais.

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