Chuvas aumentam número de acidentes em Goiânia
A atenção no trânsito deve ser redobrada no período das chuvas, pois a probabilidade de sofrer um acidente é maior. Segundo dados da Gerência de Estatística do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran- GO), foram registrados 9.026 mil acidentes no período de outubro a dezembro de 2008, sendo que 4.969 foi o número de feridos. A quantia de acidentes é maior que no trimestre de fevereiro a abril do mesmo ano, em que o total foi de 8.279 e o número de feridos, 14,31% menor, ou seja, 4.258 pessoas. A dica do Detran continua sendo a mesma para os condutores que estão na chuva: dirigir devagar e respeitar a sinalização no trânsito.
A gerente em Educação de Trânsito do Detram, Nadir de Castro, é enfática ao dizer que a direção defensiva deve ser praticada ao extremo. Primeiramente, o condutor deve verificar as condições do veículo, como pneu, freio e motor. “Com o veículo em boas condições de trafegar, dificilmente apresentará problemas durante a chuva”, ensina a gerente. Outra alerta que Nadir dá é em relação ao cuidado humano, já que a desatenção é o que mais provoca acidentes.
Nadir explica que o enfoque no Detran de direção defensiva foi alterado para melhor conscientizar os condutores mais afoitos. Ao invés de apenas orientar que o motorista, ao dirigir, deve respeitar a vida do próximo para evitar acidente, os educadores, agora, frisam que ele devem pensar primeiramente em si mesmo.
A chuva forte não deve dar trégua até o dia 7 de dezembro. A previsão é que elas aconteçam com maior frequência no fim da tarde em Goiânia. A superintendente de Desenvolvimento Científico e Tecnologia da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia de Goiás (Setec), Rosidalva Lopes da Paz, informa que o tempo permanece abafado e com pancadas de chuva nos próximos dias.
TRANSTORNO
Além dos gastos financeiros com despesas de hospital e remédios, há também a dor de cabeça com os prejuízos materiais do veículo. Quando as partes envolvidas têm seguro, a garantia do desgaste é menor.
A jornalista Lívia Neiva, 31, teve o carro amassado depois que um motorista de ônibus não freou a tempo na pista molhada. Dona de um veículo Ford K, a colisão traseira ocorreu no cruzamento da Avenida J com a Avenida Jamel Cecílio, no dia 10, às 18h56, quando um motorista da empresa HP bateu em seu carro. Lívia conta que a Agência Municipal de Trânsito (AMT) foi acionada pelo próprio motorista e foi registrado o Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito (Boat). Segundo ela, no relato da ocorrência, o motorista assume a responsabilidade do acidente no dia chuvoso.
Para a HP arcar com as despesas do conserto, Lívia foi orientada a apresentar quatro orçamentos distintos. O mais barato ficou em R$ 1.976. Quando foi entregá-los no dia 17, a jornalista teve uma surpresa: o funcionário da empresa se recusou a protocolar a entrega dos documentos e ainda pediu de cinco a dez dias úteis para o departamento jurídico analisar o caso, só depois é que o veículo será consertado. O único carro de sua família não tem seguro. Lívia conta que não se sente segura, pois receia que ele seja alvo fácil de ladrões, já que o seu porta-malas não tranca. “Depois de 15 dias, não obtive qualquer resposta da HP. Quem está no prejuízo sou eu, pois só tenho transtornos”, lamenta.
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