82 famílias no caminho da Cascavel.



Prefeitura já removeu 24 famílias para residenciais em Goiânia. outras 46 vivem sob rede elétrica.
A continuidade das obras da Marginal Cascavel, cujo projeto original foi idealizado há 18 anos, dependerá da retirada de 82 famílias que residem em área considerada como de infraestrutura viária. Na prática, são famílias que moram em áreas de posse urbana e que estão no caminho de uma das vias mais aguardadas pela população por representar uma importante ligação entre as Regiões Sul e Sodoeste. Elas somavam, no total, 106, mas 24 famílias foram removidas recentemente para os Residenciais Santa Fé e Buena Vista.

Todos os imóveis já desocupados e os que ainda permanecem no leito original da via estão instalados na Avenida C-107, no Jardim América, que é uma continuação da Avenida T-8. Alguns moram no local há 30 anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação (SMHAB) de Goiânia, parte das remoções deverá ser resolvida na Justiça, já que há discussões quanto à origem das moradias e o valor dos imóveis. Apesar disso, a expectativa do órgão é que todas as desocupações sejam concluídas num prazo de até 60 dias.

Com a retirada das primeiras 24 famílias do leito da marginal e com o fim da pendência judicial que travou a continuidade das obras de agosto de 2009 até maio deste ano, a Agência Municipal de Obras (Amob) voltou a trabalhar na construção da via. De acordo com o presidente da agência, Francisco Almeida, os operários trabalham agora na construção das alças para acesso viário na altura da Avenida dos Alpes, na Vila dos Alpes. Na próxima semana, essas alças devem receber uma capa asfáltica. Nessa etapa, também estão sendo construídas novas galerias de água pluvial ao logo da Avenida C-107 e retiradas árvores que comprometem a execução do projeto.


Ainda antes da chegada das chuvas, a prefeitura pretende concluir a construção de uma ponte – que será erguida com o uso de placa pré-moldada – entre as Avenidas C-190 e C-120. A ponte sobre o Córrego Cascavel ligará a Vila Alpes ao Jardim América, pela Avenida dos Alpes, dando prioridade ao chamado Eixo T-8. Espera-se que quando for aberto ao tráfego, este trecho desafogue o trânsito de Avenidas como a T-7 e a T-9, hoje sobrecarregadas.

Mão única
A marginal terá mão única e funcionará como um sistema binário tanto no sentido Centro-bairro como no sentido contrário. “Nesse trecho há caixa suficiente para fazer mão única, chegando até a T-8”, reforça Francisco Almeida. Neste trecho, explica, falta a retirada de quatro famílias que habitam um único lote. Como os moradores não têm domínio da área, eles serão indenizados apenas pelo imóvel construído, afirma o presidente da Amob.


Mesmo resistindo em fixar uma provável data para que mais um trecho da Marginal Cascavel seja, enfim, aberto ao tráfego, Francisco Almeida arrisca: “Se as chuvas não começarem mais cedo que o normal, essa parte pode ser aberta ainda este ano, concluindo o Eixo T-8”, estima.

Do projeto original, elaborado em 1991, até hoje, as obras da Marginal Cascavel passaram por cinco administrações municipais sem avançarem praticamente nada. Menos de 1,5 quilômetro faz parte, efetivamente, do desenho concebido no início da década de 1990. Boa parte do que foi feito e não pode ser utilizado pelos motoristas se perdeu com o tempo. Não se sabe, porém, qual o prejuízo real para os cofres públicos.

Em março deste ano, após a Prefeitura vencer o um impasse judicial que a impedia de dar prosseguimento às obras, um novo problema surgiu ameaçando a continuidade dos trabalhos. Erosões surgiram às margens do Córrego Cascavel ameaçando casas instaladas no leito da via. Nesses anos todos em que a obra ficou paralisada, o leito original da via tornou-se depósito de lixo e entulho. Segundo projeto original, a Marginal deveria ligar a Avenida Rio Verde, em Aparecida, à Avenida Leste-Oeste, em Campinas.

O Popular – Deire Assis //

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