77,4 mil motos estão irregulares.


77,4 mil motos estão irregulares. Números do Detran estão relacionados à falta de pagamento do IPVA e taxa de licenciamento.Pelo menos 44,7% das motocicletas que circulam em Goiânia têm situação irregular.
A informação é do sistema de estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e revela a quantidade destes veículos que não havia pago o licenciamento obrigatório em dezembro do ano passado.

O Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) estima que o índice de irregularidades pode chegar a 60% caso seja observada a falta de equipamentos obrigatórios de segurança.

O porcentual de problemas é bem maior nas motos do que nos carros. Enquanto 157.619 veículos de passeio (correspondente a 30,9% do total) estavam irregulares em dezembro  de 2009 quanto ao licenciamento, o número de motos chegava a 77.485 (quase metade da frota cadastrada até o fim do ano passado no Detran).

O presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), Antenor Pinheiro, diz que esse índice de irregularidades relacionado com motos e registrado pelo setor de estatísticas em Goiás é nacional e gira em torno de 50%. “É uma referência que a gente vê se repetindo em outros Estados, inclusive em São Paulo”, salienta.

Poder aquisitivo – O próprio presidente da Federação dos Mototaxistas e Motofretistas do Brasil (Fenamoto), Robson Alves Paulino, também reconhece que os números são altos. Para ele, a explicação sobre isso é financeira. “O poder aquisitivo do dono de carro é diferente do dono de moto.

 A pessoa que trabalha com uma moto muitas vezes tem dificuldades para pagar o financiamento, despesas domésticas e o imposto. Por isso, entre comprar arroz e pagar o imposto, opta por deixar atrasar esse último”, diz. o presidente do Detran, Bráulio Morais, acredita que o custo mais baixo para comprar motos pode estar influenciando no aumento da inadimplência desse tipo de veículo. “Sabemos que o acesso às motocicletas é mais facilitado para as pessoas de menor poder aquisitivo.Posteriormente, essas pessoas podem ter problemas para pagar o imposto. Ainda não observamos esse crescimento histórico, mas é um dado para verificar”, diz. Bráulio Morais argumenta, no entanto, que o pagamento do licenciamento é dinâmico e pode variar dependendo da época do ano. “Nosso cálculo é que a inadimplência gire em torno de 12%”, afirma.

Outro que concorda com a influência do menor poder aquisitivo do motociclista no alto índice de inadimplência é Antenor Pinheiro. “Pelas facilidades em adquirir motocicletas, muita gente vai migrando do transporte coletivo para as motos. Mas daí esse pessoal esquece dos encargos financeiros que vão junto. Então, passam a ter problemas para arcar com as despesas”, pensa. Robson Paulino garante que cerca de 90% dos motociclistas usam os veículos para trabalhar ou para se deslocar para o trabalho. “É gente que faz da moto um meio de vida”, diz. ele defende a isenção de impostos e de seguro obrigatório para quem trabalha com motos. Antenor Pinheiro pensa que isso seria um retrocesso por causa do alto índice de acidentes de motos.

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