Palestras transmitidas pelas redes sociais da Seds foram assistidas pela rede de proteção de crianças e adolescentes dos municípios goianos e de outros estados

A pandemia de Covid-19 não impediu que o governo de Goiás realizasse, mesmo que virtualmente, as discussões que permeiam a campanha nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que no dia 18 de maio completou 20 anos.

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), por meio da Superintendência de Desenvolvimento, Assistência Social e Inclusão, realizou, nos dias 18, 19 e 20 de maio, um simpósio virtual que teve a finalidade de discutir e fortalecer o leque de ações de proteção às crianças e adolescentes em relação ao abuso e exploração, e foi voltado notadamente para profissionais que atuam na rede de proteção dos municípios goianos. No entanto, pelo fato de ser realizado por meio de videoconferência, contou com a participação abrangente de todo o Brasil. 

Mais de 2,2 mil pessoas se inscreveram no evento, que deu direto a certificado de participação. Nos três dias de simpósio, as palestras transmitidas pelo Facebook da Seds foram acessadas por cerca de 21 mil pessoas. Foram registrados mais de 8,5 mil comentários ao longo da live e, ao todo, mais de 21 mil pessoas acompanharam as palestras, que tiveram, diariamente, cerca de duas horas de duração.  

Na abertura do simpósio, a secretária de Desenvolvimento Social, Lucia Vânia, destacou a relevância do tema e ressaltou a necessidade de todos se mobilizarem no sentido de defender as crianças e adolescentes quanto a qualquer tipo de exploração. Por meio das redes sociais da secretaria, especialistas debateram temas como Atendimento ao autor de violência sexual; Busca ativa das vítimas de exploração sexual; e Promoção e garantia de direitos das crianças e adolescentes. 

Entre os diversos especialistas que palestraram no simpósio, pode-se destacar Karina Figueiredo, secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes; Iolete Ribeiro da Silva, presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda); Marcelo Nascimento, presidente da Associação Paulistana de Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares; Joseleno Vieira, coordenador do Fórum Goiano de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, além de delegados, conselheiros e defensores públicos que atuam no enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

A secretária Lucia Vânia ressaltou a importância de se debater profundamente o tema. “A violência é um dos grandes desafios das sociedades modernas, e esse desafio se multiplica quando agressões e abusos sexuais atingem crianças e adolescente em fase de desenvolvimento, deixando sequelas físicas e psicológicas”, observou ela.  

Esse dia foi escolhido porque, em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas 8 anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados: foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune.

O governo de Goiás contou com a parceria da K&M Consultoria em Políticas Públicas e Direitos Humanos; o Fórum Goiano de Enfrentamento à Violência Sexual e o Simpósio Nacional de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos na realização do evento.