Conversão da sala de situação, COE reúne, semanalmente, gestores da SES, das prefeituras e demais instituições para monitoramento e decisões mais ágeis e efetivas contra doenças respiratórias

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) realizou, na quinta-feira (3/7), na sede da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE). O objetivo do COE é unir esforços para avaliar e redirecionar estratégias de combate a doenças respiratórias, como influenza (gripe) e Covid-19, bem como tornar mais ágil o encaminhamento de materiais, insumos e regulação de pacientes e apoio técnico aos municípios.

A reunião marca também a conversão da sala de situação da Srag para COE – determinada pelo decreto de emergência (leia abaixo). “Neste primeiro encontro, delimitamos as estratégias iniciais e fundamentais para garantirmos ações efetivas e imediatas para evitar ainda mais internações e óbitos por doenças respiratórias”, avaliou o secretário Rasível Santos. Com a participação das áreas da pasta como a de vigilância (Suvisa), regulação, atenção integral à saúde (Spais) e farmacêutica, entre outras, o COE vai proporcionar um monitoramento mais detalhado do cenário epidemiológico nos municípios.

Presente nos debates, o subsecretário de Políticas e Ações em Saúde, Luciano de Moura Carvalho, destacou, entre as medidas a serem estudadas pelo COE, as avaliações para envio de equipamentos e também o envio de medicamentos para a atenção básica. “A partir desses estudos e debates, será possível definir com precisão as principais demandas de cada município ou região para efetiva contenção de casos”, detalhou o subsecretário. Outra área sensível e fundamental para reduzir novos casos é o monitoramento da situação vacinal.

“O COE vai fornecer ferramentas e procedimentos para aprimorar ainda mais as visitas e o monitoramento epidemiológico já realizado”, observou a subsecretária de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim. A partir do COE, é possível um acompanhamento ainda mais efetivo dos municípios que estejam com o cenário epidemiológico mais crítico. Estes vão receber atenção especial, bem como maior apoio na estrutura vacinal. “A vacina é fundamental para evitar que casos de gripe evoluam para internações e, ainda pior, óbitos”, reforça Flúvia.

A vacinação contra a influenza em Goiás foi iniciada em 1º de abril e, após 45 dias de vacinação voltada para os grupos prioritários (em 16 de maio), foi aberta para toda a população a partir de 6 meses de idade. A cobertura vacinal no País está em 42,75%, e em Goiás, em 39,64%, com 1.539.554 doses aplicadas. A SES-GO já distribuiu aos municípios mais de 2,2 milhões de doses. Em 2024, a cobertura em Goiás ficou em 48,74% para os grupos prioritários. A SES-GO reforça a importância de os grupos prioritários – como idosos, crianças, gestantes e puérperas – procurarem as salas de vacina e se imunizarem, pois têm mais chance de agravamento e óbito por Srag.

Entidades convidadas
Com reuniões semanais, sempre às quintas-feiras, às 8 horas, as reuniões do COE deverão contar ainda com a participação de entidades convidadas, a exemplo do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems), prefeituras de Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia, representantes dos hospitais (Ahpaceg e AEG) e das 18 regionais de saúde do Estado. “A união de ideias, esforços e ações é indispensável neste momento, e é isso que estamos fazendo, para garantir a saúde e a tranquilidade do povo goiano”, defende Rasível Santos.

Em virtude da situação de emergência, o decreto nº 10.716, de 26 de junho de 2025 – publicado em Publicado em 30 de junho – autoriza a adoção de todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento da incidência de casos da Srag, em especial, o Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Srag, em substituição à Sala de Situação de Vírus Respiratórios, instalada em 15 de maio de 2025, também pela SES-GO. Atualmente, Goiás registra 6.971 casos de Srag, com 428 óbitos.

José Carlos Araújo (texto) e Riva Kran (foto)/Comunicação Setorial