SES destaca importância de iniciativas em saúde ao povo cigano romani

Secretaria de Estado da Saúde de Goiás celebra Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto como forma de romper com estereótipos

Mapeamento aponta 3.184 ciganos, entre 1.550 famílias distribuídas em 104 municípios goianos

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Superintendência de Saúde Mental e Populações Específicas, promove ações de cuidado com os mais diversos povos que vivem no território goiano. Neste dia 27 de janeiro, em que se celebra o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, a Subcoordenação de Cuidado à Saúde do Povo Cigano/Romani da pasta destaca a importância de romper com os estereótipos historicamente construídos, a desigualdade dos papéis de gênero, a invisibilidade da etnia, a exclusão social e a discriminação étnico-racial.

“Lembramos essa data porque o povo cigano foi vítima do Holocausto. Muitos foram enviados para os campos de extermínio e a população cigana foi drasticamente reduzida. Os povos ciganos hoje existentes representam força e resistência de uma cultura ainda viva no Estado de Goiás”, explica a subcoordenadora Daya Laryssa Almeida.

A Subcoordenação de Cuidado à Saúde do Povo Cigano/Romani realizou um mapeamento, com base em dados do Cadastro Único, e identificou 3.184 ciganos, entre 1.550 famílias distribuídas em 104 municípios.

“O levantamento foi necessário para identificar e construir iniciativas de promoção à saúde integral desse povo respeitando suas práticas, saberes e medicinas tradicionais e priorizando a redução e o combate à ciganofobia ou romafobia, que constituem barreiras de acesso da população ao Sistema Único de Saúde”, completa Daya Laryssa.

Circulo de Interculturalidade
A subcoordenadora também realizou, no mês de setembro de 2022, o 1º Círculo de Interculturalidade, com o objetivo de promover o diálogo sobre o processo saúde do Povo Cigano/Romani. O evento foi realizado de forma on-line com as Regionais de Saúde do Estado de Goiás, e as secretarias municipais para debater as barreiras de acesso e os desafios em desenvolver o cuidado e atenção intercultural respeitoso e inclusivo desta etnia nos serviços de saúde do SUS em Goiás.

A presidenta da Associação Internacional Maylê Sara Kalí, Elisa Costa, foi a facilitadora do evento, que também discutiu as barreiras que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Povo Cigano/Romani ainda enfrentadas devido à dificuldade de identificação desse grupo populacional no Censo e também quanto à visão equivocada que ciganos vivem em itinerância e em acampamentos. Esse comportamento dos ciganos é obsoleto nos, atuais e o sedentarismo atinge a maior parte da população.

“Falar e lembrar da data de celebração da memória das vítimas do Holocausto é olhar para os desafios que temos pela frente em romper com estigmas e preconceitos que tão severamente ainda emperram e fazem parte da rotina de alguns serviços de saúde e condutas médicas", diz Daya Laryssa.

"Com essa data destacamos a necessidade de pensar em estratégias e ações de inclusão e acompanhamento dessa população na Rede de Atenção à Saúde que fortaleçam a identidade positiva do Povo Cigano/Romani, respeitando suas diversidades étnico culturais e que favoreçam o protagonismo e autonomia do Povo Cigano/Romani no SUS”,

Isabela Melo/Comunicação Social

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil (arquivo)

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