HEMNSL promove palestras sobre Amamentação e Método Canguru

Assuntos estão diretamente ligados a uma assistência de qualidade aos recém-nascidos

O Método Canguru é um modelo de atenção voltado para uma assistência qualificada e humanizada ao recém-nascido, pois promove o contato pele a pele

O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) promoveu, no dia 16 de março, um dia com palestras sobre Amamentação e o Método Canguru, assuntos que estão diretamente interligados a uma assistência de qualidade ao recém-nascido. A programação se dividiu em dois momentos: pela manhã, as mães do 111º grupo “Gestar Vidas”ouviram da fonoaudióloga Marilene Rezende os benefícios da amamentação para o recém-nascido; enquanto que na parte da tarde, a enfermeira Lilian Jerônimo, a fisioterapeuta Raissa Medeiros, a fonoaudióloga Anna Cecília Rodrigues e a pediatra Daniela Portal, ambos do Hospital Estadual da Mulher (Hemu), trouxeram para os profissionais do HEMNSL uma sensibilização sobre o método canguru.

Para as mães, Marilene Rezende demonstrou com uma mama amiga como é feita a massagem que auxilia na descida do leite, o posicionamento da criança e da mãe, a pega correta do bebê no momento da mamada e amamentação em bebês internados em unidades neonatais. A profissional também explicou a diferença do leite materno com o leite de fórmula, a utilização de bicos artificiais na amamentação, extração, armazenamento e doação de leite, além de mostrar como proceder em casos de engasgo. “Em todos esses casos citados, o melhor é não se desesperar diante de uma dificuldade. O HEMNSL está preparado para orientar e ajudar vocês quando vocês precisarem”, enfatizou a fonoaudióloga.

Já no período da tarde, o Método Canguru trouxe um momento de trocas de experiências e atualizações sobre a rotina diária de cuidados dentro de uma unidade de cuidados neonatais para enfermeiras, técnicas em Enfermagem, fonoaudiólogas, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogas da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. “O Método Canguru é um modelo de atenção voltado para uma assistência qualificada e humanizada ao recém-nascido, com a participação dos pais e da família nos cuidados neonatais, por meio do contato pele a pele de forma precoce e crescente, até o momento de sua alta”, explicou a pediatra Daniela Portal. 

As profissionais detalharam os aspectos técnicos de como deve ser a rotina do profissional com o bebê ainda na maternidade: o momento do banho, do pesar, da troca de fralda, o posicionamento dele dentro do berço, a amamentação, a utilização da faixa canguru entre a mãe e o bebê foram pontos explorados durante o treinamento. “Essas são práticas que fazem o HEMNSL ser um hospital Amigo da Criança e é por isso que devemos incentivar e disseminar cada informação passada aqui a vocês. O trabalho em equipe que vocês já fazem deve continuar, pois toda a unidade deve falar a mesma língua e quem agradece lá no final não é o hospital, e sim o paciente que vocês atenderam”, frisou a enfermeira Lilian Jerônimo.

Uma experiência sensorial também foi feita com a equipe participante do treinamento, para que pudessem sentir o que um recém-nascido sente. Com os olhos vendados a equipe foi submetida a barulhos, cheiros e toques inesperados, refletindo os estímulos que os bebês recebem durante o período de internação. “Precisamos lembrar a sensibilidade que o recém-nascido possui, pois podemos desencadear possíveis traumas nele. Por mais que saibamos o que precisamos fazer, esses momentos nos ajudam a refletir sobre nossas ações com esses bebezinhos que estamos cuidando”, finalizou Elizabeth Ângela, técnica de Enfermagem que atua na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) do HEMNSL.

Organização
O curso “Gestar Vidas” é organizado pelo Serviço Social, Psicologia e Capelania Hospitalar da unidade e acontece toda quinta-feira do mês. Já a sensibilização do Método Canguru foi promovida pela coordenação da Ucin, em parceria com a Gerência de Enfermagem e demais setores de apoio. Ambos os eventos mostram a importância de tornar cada vez mais presente a humanização dentro de uma unidade de saúde, a partir de simples práticas e ações envolvendo todos os seus profissionais.

Texto e fotos: Yasmine de Paiva/IGH

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo