Gestantes participantes do projeto Gestar Vidas são orientadas para manterem uma dieta rica em proteínas, vegetais, frutas, cálcio e ferro

A alimentação saudável e equilibrada é uma recomendação para toda a vida. Porém, na  gestação, a responsabilidade com esses hábitos é maior, por implicar no desenvolvimento do feto. Para alertar as gestantes participantes do Gestar Vidas, o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) promoveu, na quinta-feira (23/2), o curso Alimentação durante a gestação.
 
Segundo o nutricionista do HEMNSL Rafael Celestino, que ministrou o curso para o grupo, o suporte nutricional adequado contribui para a prevenção de doenças como o diabetes gestacional e ajuda no ganho de peso adequado.

“Com uma alimentação rica em nutrientes como vitaminas, minerais, carboidratos e proteínas, os nutrientes ingeridos pela mãe vão para o bebê em formação”, afirma o especialista. Ele destaca que alguns micronutrientes, como o ácido fólico, ferro e iodo, exercem papel fundamental durante essa fase.
 
Durante o período gestacional, é necessária a redução de alimentos com muito açúcar e gordura e também os alimentos industrializados. “É importante substituir alimentos processados e ultraprocessados, por alimentos naturais (in natura), quanto mais natural o alimento, melhor para o bebê”, avalia Rafael.
 
 Alimentos recomendados
São recomendados como boa dieta os alimentos ricos em vitamina A (encontrados tanto em alimentos de origem animal quanto vegetal), como cenoura, abóbora, leite, iogurte, ovos, fígado e óleo de peixe; alimentos de vitaminas do complexo B, fortificados com vitamina B12 (encontrada nas carnes vermelhas e brancas e suplementos alimentares); ômega 3 (encontrado nos peixes, azeite de oliva extra virgem, frutas secas, nozes); e minerais, como cálcio, ferro e zinco,  indispensáveis durante a gestação
 
Não recomendados
Devem ser evitados alimentos com o peixe cru e/ou carne mal passada, ovos crus, leite não pasteurizado, frutas e legumes mal higienizadas, pois  podem estar contaminados com  bactérias e parasitas que são prejudicais para o feto, como o caso da toxoplasmose, listeriose e salmonela, que podendo causar aborto e parto prematuro.

Também deve ser evitado o consumo excessivo de café e bebidas contendo cafeína, chás verde, mate e chá preto; consumo de bebidas alcoólicas, pois o álcool é uma toxina para o corpo, principalmente para o feto, podendo causar parto prematuro, atraso no crescimento, mal desenvolvimento mental e malformações cardíacas na criança.
  
O nutricionista também orientou as gestantes que os horários da alimentação devem ser regulares, para evitar ficar muito tempo sem se alimentar, além de ingerir muita água.
 
Marilane Correntino (texto e foto)/IGH