HDT realiza debate da história da Aids no Brasil

Em 1º de dezembro (sexta-feira), eleito Dia Mundial de Luta contra à Aids, o Hospital Estadual de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT), por meio da sua Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEP), promove um debate sobre a infecção viral.

Em 1º de dezembro (sexta-feira), eleito Dia Mundial de Luta contra à Aids, o Hospital Estadual de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT), por meio da sua Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEP), promove um debate sobre a infecção viral. Às 8h, no auditório da unidade, será apresentado um vídeo contando a história da Aids no Brasil, seguido por um debate sobre o assunto. O evento, que será coordenado pelo infectologista João Alves e aberto para a participação da sociedade em geral, foi pensado levando em consideração dados divulgados em julho de 2017 pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids). Os dados atestam que o número de pessoas infectadas com o vírus HIV no Brasil subiu de 47 mil casos em 2010 para 48 mil em 2016, registrando um aumento de 3%, ao mesmo tempo em que a média mundial sofreu uma redução de 11%.

A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica o HIV/Aids como ameaça para a saúde pública, afetando um total de 36,7 milhões de mulheres e homens em todo o planeta, e desde a sua descoberta, em 1981, provocou 36 milhões de mortes até o ano de 2016, segundo a organização. Referência no tratamento de doenças infectocontagiosas e dermatológicas, o HIV/AIDS é o principal motivo de buscas por atendimentos no HDT. Entre os pacientes internados na unidade, 50% são soropositivos e cerca de 80% dos atendimentos ambulatoriais são aos portadores do vírus. A unidade ainda fornece medicamentos a mais de 9.600 pacientes. Em 2016, o Núcleo Hospitalar de Vigilância Epidemiológica (NHVE) da unidade contabilizou 479 casos notificados de pessoas com HIV/Aids, e, em 2017, até o início de outubro foram notificados 269 casos. No acumulado dos dois anos – 748 notificações, 319 casos são de pessoas entre 20 e 34 anos de idade.

O HDT também realiza o acompanhamento da gestação de mulheres soropositivas por meio do programa “Prevenir para a Vida”, desenvolvido pelo setor de Psicologia. Por meio deste trabalho, Goiás tem sido referência no controle do HIV/Aids no país com a diminuição de casos de transmissão vertical (situação em que a criança é infectada durante a gestação, no parto ou por meio da amamentação). Por meio do programa, os filhos recebem leite especial até atingirem um ano e meio de vida, ampliando o tempo previsto pelo Ministério da Saúde (MS), que é de 12 meses. Desde que o programa foi implantado no HDT, em 2003, mais de 1.410 mulheres já passaram pelo “Prevenir para a Vida”.

Segundo o médico João Alves, com o acesso ao tratamento, os pacientes estão vivendo mais e melhor. Porém, ele alerta para a atenção ao fator primordial, que é a prevenção por meio do uso de preservativo, tanto masculino quanto feminino. “Justamente por não ser mais uma sentença de morte, e pela expectativa de vida dos portadores do vírus ter crescido, muitas pessoas, principalmente os jovens, não se protegem corretamente. A única forma segura e eficaz de se prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis é adquirindo o hábito de usar preservativos nas relações sexuais, além de fazer exames regularmente para identificar eventuais infecções e impedir sua disseminação”, alerta o médico.

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