Crer promove campanha de prevenção das doenças renais para pacientes e colaboradores

Ação realizada pela unidade de saúde do Governo de Goiás celebra o Dia Mundial do Rim levando orientações sobre os cuidados com o órgão à população

No Crer, Médica Rhaisa Ghannam chama atenção para principais causas das doenças renais

O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) realizou, na quinta-feira (9/3), uma manhã voltada para orientações sobre os cuidados com os rins, para usuários e colaboradores da unidade de saúde do Governo de Goiás.

A ação reforça a campanha nacional da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) que tem como tema este ano Saúde dos Rins e Exame de Creatinina para Todos. O diretor técnico do Crer e vice-presidente do Centro-Oeste da SBN, Ciro Bruno Silveira Costa, explica que a proposta da campanha é disseminar informações sobre as doenças renais, com foco na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para pacientes e colaboradores do Crer.

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que há no mundo 850 milhões de pessoas com doença renal decorrente de várias causas. A Doença Renal Crônica (DRC) causa pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano, taxa de mortalidade crescente. No Brasil, a estimativa é de que mais de 10 milhões de pessoas tenham a doença.

Segundo informações da SBN, a DRC se caracteriza pela lesão irreversível nos rins, mantida por três meses ou mais, afetando uma em cada dez pessoas no mundo e com taxas crescentes de acometimento na população. 

Diante disso, Ciro alerta para importância do diagnóstico precoce dessas doenças, visto que sua progressão pode ser controlada ou retardada na maior parte dos casos. “A DRC é uma doença silenciosa e não provoca sintomas significativos ou específicos nos estágios iniciais. Por isso, é muito importante o acompanhamento médico periódico anual. Além disso, é preciso estar atento a fatores de risco como hipertensão arterial e diabetes mellitus”.

O médico explica que o diagnóstico pode ser obtido por meio de exames simples de rastreamento diagnóstico: creatinina sérica e exame de urina. “O exame de creatinina é imprescindível para o diagnóstico de DRC, por isso, reforçamos a importância dele no tema da campanha da SBN em 2023”, orientou.  

Cuidados e prevenção 
Durante a ação, a nefrologista e coordenadora médica de internação do Crer, Rhaisa Ghannam, chamou a atenção para cuidados básicos sobre o controle da hipertensão arterial e o diabetes mellitus, principais causas de doença renal crônica no Brasil.

“É preciso conhecer o histórico de doenças da sua família, realizar avaliação médica regular, seguir uma dieta equilibrada, com baixa ingestão de sal e de açúcar, controlar o peso, exercitar-se regularmente, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, monitorar seus níveis de colesterol e evitar o uso de medicamentos sem orientação médica”, orienta. 

A médica também alertou os usuários para o risco da evolução da DRC quando não tratada. “A DRC pode ser grave, sobretudo quando evolui para estágios avançados. Nestes casos, são necessários tratamentos como a diálise e o transplante renal”. Dados da SBN mostram que, em 2020, cerca de 144 mil pacientes realizavam diálise no Brasil. Em Goiás, a média de pessoas em hemodiálise era de 4.510 pacientes, até fevereiro de 2023, conforme informações da SES.  

Rhaisa explica que o que leva uma pessoa com problema renal a ficar dependente de uma máquina de hemodiálise é a perda da capacidade de funcionamento dos rins com a ocorrência de várias complicações no organismo. “No estágio terminal da DRC, os rins não conseguem mais limpar o sangue, nem regular a capacidade de água, sais minerais e a produção de hormônios para manter o equilíbrio do corpo.” 

Outra dúvida frequente nos consultórios é quando o paciente renal crônico precisa de um transplante do órgão. Rhaisa pontua que a indicação de um transplante de rim ocorre quando o indivíduo apresenta perda irreversível e grave da função renal, podendo o paciente estar tanto em diálise ou no período pré-dialítico, a depender da avaliação médica, com exames de sangue, urina e imagem”, destaca.

Para ela, o transplante é uma opção efetiva para tratar pacientes portadores de DRC, quando bem indicado pela equipe. “O paciente recebe o novo rim mediante a doação de um órgão saudável (vivo ou falecido), a fim de substituir o seu que não desempenha mais as funções necessárias.”

Thalita Braga (texto e foto)/Agir

 

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