Caem casos de catapora em Goiás

Vacinação é essencial para controle da doença, que aumenta na primavera

A catapora, cientificamente chamada varicela, é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento das famosas “pintas vermelhas” na pele em geral, de 3 a 4 dias após o contágio. Pode ocorrer febre moderada e outros sintomas como dor de cabeça e indisposição.

A doença possui caráter sazonal, sendo que a maior incidência ocorre no final do inverno e início da primavera. Em crianças, geralmente, evolui de forma benigna, podendo ser adquirida em qualquer idade, porém é rara nos primeiros meses de vida (a menos que a mãe não tenha tido a doença). Já em adolescentes e adultos, o quadro clínico tende a apresentar maior gravidade.

Somente a notificação dos surtos de varicela é preconizada pelo Ministério da Saúde. Mas em Goiás, a Portaria nº74, de 13 de maio de 2005, torna obrigatória a notificação de todos os casos suspeitos. Nos últimos cinco anos foram notificados 20.335 casos de varicela, sem ocorrência de óbitos. Em 2017, até 30 de setembro foram notificados 1.439 casos de varicela, e considerando o mesmo período em 2016, constata-se uma redução de 28,2% no número de casos.

O período de redução dos casos em Goiás corresponde ao período de implantação da vacina tetra valente. A partir de 2013, o Ministério da Saúde a vacina tetra viral (sarampo/rubéola/caxumba/varicela) no calendário básico de vacinação, disponível em toda a rede básica de saúde pública, para crianças até 15 meses. Em 2017 esta faixa etária foi estendida para 4 anos de idade, que tenham sido imunizadas com a 1ª dose de tríplice viral (sarampo/rubéola/ caxumba).

Os dados demonstram a importância da vacinação. A imunidade é conferida, em pessoas saudáveis, a partir de 10 dias da vacinação. Por ser composta por vírus vivo atenuado, a vacina é contra indicada para pessoas com hipersensibilidade conhecida a neomicina ou qualquer outro componente da vacina ou que tenham manifestado sinais de hipersensibilidade após administração das vacinas sarampo, caxumba, rubéola e ou varicela; com imunodeficiências primárias ou secundárias; crianças menores de 6 meses e gestantes.

Surtos em hospitais – Em caso de surto em instituições hospitalares, a vacina está indicada nas pessoas que tiveram contato com alguém infectado (que portanto, estejam suscetíveis) imunocompetentes maiores de 9 meses de idade, até 120 horas (cinco dias) após o contato.

Vale reforçar que em países que adotaram esquema de uma dose contra varicela (semelhante ao do Brasil) houve queda acentuada do número total de casos da doença, de hospitalizações e de óbitos a ela relacionados em todas as faixas etárias.

Governo na palma da mão

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