Secretário da Saúde fala sobre regulação e cirurgias eletivas a deputados estaduais

Sérgio Vencio participa de café da manhã, nesta quarta-feira, na Assembleia Legislativa, onde ressalta integração da pasta com o Legislativo e demais Poderes

Secretário Sérgio Vencio aborda temas emergentes da Saúde estadual, no Salão Nobre da Alego

O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, participou de um café da manhã com o deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Gustavo Sebba, na manhã desta quarta-feira (29/03). Entre as pautas, foram discutidas cirurgia eletivas, emendas parlamentares e o aperfeiçoamento da regulação de pacientes.

O encontro ocorreu no Salão Nobre do Palácio Maguito Vilela e contou ainda com a participação de parlamentares da base do governo e da oposição e de gestores da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Vencio agradeceu o repasse de R$ 6 milhões da Alego para a construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora). Frisou ainda que a atual gestão da SES-GO estará sempre integrada com o Poder Legislativo e com os outros órgãos integrantes dos outros Poderes.

Gustavo Sebba parabenizou o secretário pela abertura e o diálogo republicano. “É muito importante essa proximidade, tanto para que a Assembleia dê o respaldo e a sustentação necessária para gerir a Secretaria como para que sejam dadas respostas às demandas desta Casa, que representa o povo goiano”, salientou.

Fila de cirurgias
O secretário pontuou que, pela primeira vez no Estado, houve a unificação da fila dos procedimentos cirúrgicos. Com isso, todos os pacientes foram listados e foi possível fazer um mapeamento. Houve a identificação de 175 mil pessoas esperando cirurgias eletivas, com um custo estimado em R$ 600 milhões para a realização dos procedimentos. O governo federal disponibilizou R$ 20 milhões, e o Estado vai financiar mais R$ 20 milhões.

“Todos sabemos que o SUS é subfinanciado, e por isso vamos aumentar, para o prestador, o valor da tabela do SUS. O Estado decidiu fazer esse complemento financeiro para dar celeridade à realização dessas cirurgias. Temos somente R$ 40 milhões, e para viabilizar os R$ 600 milhões, temos ainda muito trabalho”, frisou Sérgio Vencio.

O chefe da saúde estadual ainda destacou que, para viabilizar financeiramente os procedimentos, será preciso o apoio dos deputados.  “Temos um grande trabalho com os parlamentares. Vamos sugerir e dar o auxílio necessário para que eles identifiquem, dentro das regiões do Estado, demandas na área da saúde para que esses recursos provenientes das emendas parlamentares sejam melhor destinados”, disse, lembrando que todas as ações serão acompanhadas de perto pelo Ministério Público de Goiás e os órgãos colegiados, para maior transparência ao processo.

Regulação
Questionado sobre os desafios na regulação, o secretário explicou que todos os entes precisam se responsabilizar pela gestão da Saúde Pública, em especial os municípios, já que a maioria dos atendimentos são encargos das unidades geridas pelas prefeituras. E, para ilustrar a importância da gestão municipal, citou o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e o Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

“Esses hospitais têm, aproximadamente, 40% dos seus atendimentos associados a casos leves, que precisam ser resolvidos na atenção primária. Isso acaba impedindo que casos mais graves sejam atendidos nessas unidades. São hospitais de alta complexidade, com muitos especialistas”, afirmou, ao ressaltar a importância do direcionamento correto dos atendimentos mais complexos para essas unidades.

O subsecretario de Vigilância e Atenção Integral à Saúde da SES-GO, Luciano de Moura Carvalho, que também participou do encontro, acrescentou que a regulação do Estado é a ordenadora do processo, fazendo a intermediação com os municípios, mas que é necessária a divisão de atribuições para dar mais efetividade à regulação dos pacientes. “Todos os municípios precisam assumir as suas responsabilidades”, afirmou.

Thiago Lagares (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial

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