HGG realiza evento em alusão ao Dia Mundial da Obesidade

Pacientes do Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade da unidade participam de diversas atividades voltadas para a conscientização sobre a doença, como palestras educativas

Pacientes do PCCO da unidade nas atividades voltadas para conscientização sobre a obesidade

O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) promoveu, no dia 3 de março, um evento em alusão ao Dia Mundial da Obesidade. Os pacientes do Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade (PCCO) da unidade participam de diversas atividades voltadas para a conscientização sobre a doença, como palestras educativas sobre a ansiedade, a importância da fisioterapia e da fonoaudiologia no período pré e pós-operatório, alongamentos e exercícios fisioterápicos, lanche saudável, jogos virtuais além de um aulão de dança.

Francisca dos Santos, 45 anos, se emocionou diversas vezes durante a ação. Ela contou que está ansiosa para fazer a cirurgia bariátrica e poder voltar a fazer atividades que já não consegue mais em razão do sobrepeso. "Eu me emocionei no evento de hoje, porque sei o quanto essa cirurgia vai mudar a minha vida", conta.

"Por causa do meu peso, eu tenho problema nos joelhos e os dois são operados. Eu vou poder fazer coisas que eu não faço há muito tempo, como, por exemplo, me agachar. Uma atividade que para muitas pessoas é extremamente fácil, mas que para mim não é. Além disso, vou poder ter uma vida leve e saudável", comemora.

A paciente também disse que recebeu críticas de conhecidos por ter decidido fazer a bariátrica. "Eu já ouvi de diversas pessoas que eu sou louca e que estou arriscando a minha vida. Mas eu não me importo com o que ouço, e estou firme aqui, sendo acompanhada pela equipe multidisciplinar, psicóloga, fonoaudióloga, nutricionista, fisioterapeuta", afirma.

"Inclusive, esses dias eu fiz uma viagem e postei umas fotos de biquíni que eu gostei, porque estava com pessoas que eu gosto, e também ouvi comentários maldosos. Me perguntaram como eu tive coragem de postar aquelas fotos e eu olhei para a pessoa e respondi que eu eu tenho amor por mim, e por ter amor por mim que estou buscando a qualidade de vida que eu preciso e estou me cuidando", acrescenta.

Ansioso pela cirurgia
Márcio Regis de Oliveira, 67 anos, é outro paciente que aguarda ansioso pela cirurgia. Ele contou que ficou surpreso com o atendimento que recebeu no HGG. "Eu nunca fui tão bem tratado na minha vida. Eu não tinha ideia de que o SUS pudesse oferecer um atendimento tão bom quanto esse que estou recebendo aqui no HGG", lembra.

"Na minha família há casos de obesidade e, inclusive, o meu filho já fez bariátrica. Mas, no caso dele, o resultado não foi muito bom, porque ele realizou todo o procedimento em unidade particular e como ele não teve esse acompanhamento que estou tendo aqui, ele precisou fazer uma nova bariátrica. Eu sei que essa cirurgia vai mudar a minha vida. Estou muito feliz", agradece.

Elisangela de Morais, 50 anos, foi operada há quatro anos no HGG. Ela, que permanece em acompanhamento no PCCO, contou muito emocionada que a cirurgia bariátrica transformou a sua vida. "Hoje eu sou muito feliz e antes eu não era. Eu só tenho que agradecer a Deus e a essa equipe maravilhosa do HGG, pela atenção e por tanto cuidado", ressalta.

"Valeu muito a pena passar por todo o procedimento. E se eu precisasse, faria tudo de novo. Eu fico bem emocionada porque transformou a minha vida. Eu nunca pensei que poderia voltar a ser feliz, diversas vezes pensei em fazer besteira, mas hoje eu sou muito feliz", destaca.

O especialista de cirurgia bariátrica do HGG, Luiznei da Rocha, também participou do evento e chamou a atenção para a importância da prevenção da obesidade. “A prevenção é o melhor caminho, e ela deve começar na infância. Os bons hábitos de vida devem ser praticados. Os pais devem estimular as crianças a terem hábitos saudáveis, evitar os alimentos ultraprocessados, que possuem alto teor calórico e muito açúcar, além de também realizar a prática da atividades físicas", aconselha.

"Essas orientações são muito importantes para que essa criança não se torne uma pessoa na fila para a cirurgia bariátrica no futuro, pois grande parte dos pacientes que hoje aguardam pelo procedimento começaram a enfrentar a doença ainda na na infância”, orienta ainda Luiznei da Rocha.

Ana Luiza Carvalho (texto e foto)/Idtech

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo