MPF realiza evento para marcar os 30 anos do acidente com Césio 137 em Goiânia

Evento ocorre no dia 12 de setembro no auditório da Procuradoria da República em Goiás

Resgatar a memória do acidente radioativo com o Césio 137 ocorrido em 13 de setembro de 1987, apresentar à sociedade toda a atuação do MPF nos últimos 30 anos, além de prestar uma homenagem às vítimas. Com esse objetivo, o Ministério Público Federal em Goiás (MPF) prepara o evento “Césio 137 – 30 anos do acidente em Goiânia: memórias e reflexões”, aberto à participação da sociedade, que será realizado nesta terça-feira, 12 de setembro.

Diversas ações estão programadas para o evento: debate, com a participação de membros do MPF, da professora da UFG, Telma Camargo, e de representantes do Centro de Assistência aos Radioacidentados (C.A.RA) e das vítimas do acidente; exposição de artes sobre a temática do acidente com obras criadas por artistas pertencentes à Associação Goiana de Artes Visuais (AGAV) e exposição de trabalhos científicos sobre o caso do Césio 137 pela Biblioteca Sebastião Fleury Curado.

Além disso, durante o evento será realizado o lançamento do site criado pelo MPF/GO, contendo o histórico dos acontecimentos e a atuação do órgão ao longo desses 30 anos, sobre temas como responsabilização criminal dos envolvidos, danos ao ambiente e à saúde dos atingidos, construção definitiva do depósito do lixo radioativo, pensões e indenizações devidas, responsabilizações de pessoas físicas e jurídicas e assistência à saúde das vítimas.

Pelo MPF já confirmaram presença os subprocuradores da República Wagner Natal Batista e Franklin Rodrigues da Costa. O primeiro foi o responsável pelo oferecimento da denúncia, em 30 de novembro de 1987, em que pediu a condenação dos responsáveis pelo Instituto Goiano de Radioterapia (local de onde a cápsula de material radioativo foi retirada) às penas previstas nos artigos 121 (homicídio) e 129 (lesão corporal) do Código Penal. O segundo foi o responsável pelo ajuizamento da ação civil pública, em julho de 1990, com o objetivo de construir o depósito definitivo dos rejeitos radioativos.

O Acidente – No dia 13 de setembro de 1987, catadores de lixo encontram, nas antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia, no centro de Goiânia, um aparelho de radioterapia abandonado. Eles removem o equipamento e o vendem a um ferro-velho, onde foi desmontado, expondo ao ambiente 93g de cloreto de césio-137 (CsCI). Somente em 28 de setembro de 1987, a esposa do dono do ferro-velho leva parte da máquina de radioterapia até a sede da Vigilância Sanitária, quando é identificada a contaminação radioativa. Em 23 de outubro, pouco mais de um mês após o acidente, a criança Leide das Neves (sobrinha do dono do ferro-velho) faleceu em decorrência dos efeitos radioativos, vindo a tornar-se símbolo do acidente.

SERVIÇO

Césio 137 – 30 anos do acidente em Goiânia: memórias e reflexões

Público-alvo: sociedade em geral

Data: 12 de setembro de 2017

Horário: 14h

Local: auditório da Procuradoria da República em Goiás (Avenida Olinda, Edifício Rosângela Pofahl Batista, Quadra G, Lote 02, nº 500, Park Lozandes. Goiânia – Goiás. CEP 74884-120)

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