1.493 motoristas foram orientados pelo “PARE” do Hugol

Por que um hospital vai às rodovias orientar motoristas? De acordo com o diretor geral do Hugol – Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira, Hélio Ponciano Trevenzol, a motivação principal da unidade é interromper o ciclo da morte que tem sido vivenciado no cenário do trânsito. “Pessoas morrem ou ficam com sequelas por toda a vida devido aos acidentes de trânsito; precisamos iniciar um novo tempo na sociedade em que a prevenção será sempre o norte”, explica o médico.

Na última ação do ano, realizada nessa quarta-feira, 1º, a blitz das rodovias GO-060 e GO-070 conscientizou 1.493 motoristas que estavam de saída para viajar durante o feriado prolongado. O PARE é um programa de prevenção, conscientização e educação, e nas ações promovidas nesses dois anos, 2016 e 2017, já orientou quase 20 mil motoristas.

No período de janeiro de 2016 a junho de 2017, o Hugol realizou 8.760 atendimentos de urgência e emergência às vítimas de acidentes de trânsito. Desses, 62% referem-se a acidentes com motocicletas, 28% a acidentes com outros veículos e 10% a vítimas de atropelamento. “O acidente é, geralmente, diferente de uma doença, pois a pessoa está saudável e em uma fração de segundos acontece uma situação que leva a um comprometimento muito grande na vida dessa pessoa, o que inclui todo o núcleo familiar e social. As fatalidades existem, mas há uma grande parcela dos acidentes que pode ser evitada, pois são causados por imprudências, como o consumo de bebida alcoólica, o ato de falar ao celular enquanto dirige e as ultrapassagens perigosas. A prevenção é o principal”, explica o supervisor médico da Ortopedia do Hugol, Carlos Eduardo Fraga.

Além da assistência médica de qualidade, os pacientes do Hugol também recebem atendimento da equipe multiprofissional, dentre eles o psicossocial, auxiliando para uma melhora holística da vítima de acidente de trânsito. “Vivemos em uma sociedade em que as pessoas não estão preparadas para adoecer e, quando isso acontece, passam por dificuldades e precisam enfrentar seus próprios limites. Com os pacientes vítimas do trânsito é possível perceber de maneira mais latente essa dificuldade, por isso realizamos um atendimento para entender e orientar o paciente quanto às suas necessidades, como ausência dos familiares, crenças em relação à hospitalização e às cirurgias e tempo de internação. Buscamos oferecer sempre o acolhimento, o acompanhamento psicológico, a escuta ativa e o suporte emocional para que eles possam aderir ao tratamento, favorecendo seu processo de hospitalização”, explica Érica Carvalho, psicóloga hospitalar que atua na Clínica de Ortopedia/Traumatologia do Hugol.

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