Por José Carlos Siqueira
Advogado, foi Secretário de Planejamento, Secretário da Fazenda, Controlador-Geral do Estado, Presidente da SANEAGO e Secretário da Casa Civil. Coordenou a elaboração deste Plano de Governo.
O Plano de Governo Marconi Perillo 2003/2006, base para o PPA do Estado de Goiás 2004/2006, é, certamente, resultado do singular conhecimento acumulado pelo governador Marconi, após mais de três anos de exercício da Chefia do Poder Executivo, quanto à realidade, necessidades, demandas, sonhos, potencialidades e dificuldades estaduais, ainda que implementadas políticas públicas inovadoras no período 1999/2002 que, aliadas a uma visão nova, de não ao patrimonialismo e sim aos resultados, qualitativa e quantitativamente falando, ensejava a certeza de um Goiás eficiente, preparado para passos mais seguros, rumo ao futuro convertido no aqui e agora.
Decorre, certamente também, de forma relevante, da contribuição consistente de centenas de goianas e goianos, filhos naturais da terra dos Goiazes ou aqui radicados, políticos, técnicos, servidores públicos, professores, trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cidadãs e cidadãos do povo, do campo e das cidades, profissionais liberais e lideranças classistas, além de outros, que aceitaram conhecer, avaliar e discutir as mais variadas questões e propostas coletadas pela equipe de planejamento, sempre aberta à participação de quantos convidados ou não dispuseram-se a fazê-lo, inclusive com sugestões novas.
Do árduo trabalho, resultou o Plano de Governo, que, considerando a realidade orçamentária e financeira então vivida pelo Estado de Goiás, contemplava o que de forma mais prioritária demandavam os sonhos e a realidade da sociedade goiana, com aguda percepção dos originários de sua parcela menos favorecida, mais carente da respeitosa ação estatal.
O relevante Plano de Governo, agora divulgado com outros pelo Instituto Mauro Borges, certamente sofreu ao longo de sua execução adequações importantes, sem desnaturá-lo, oferecendo-lhe a dinâmica própria dos sonhos e das necessidades de uma sociedade que a cada dia se faz nova, como aquela em que vivemos.
Na distância dos anos transcorridos, vejo tal Plano de Governo a partir de dois sentimentos que não se me apresentam como contraditórios: um, ANGUSTIANTE, representado pelos sonhos e demandas que continuam a reclamar esforço governamental, que desafiam ainda a capacidade de resposta do Estado, não por sua ineficiência mas por sua complexidade, pelo seu peso, sobretudo pela força de demandas novas, as mais fortes nascidas ainda da incalculável dívida social acumulada pelo Brasil ao longo dos séculos; outro, CONFORTADOR, consubstanciado na avaliação dos sólidos resultados construídos, que somados àqueles do período anterior e aos nestes anos mais recentes alcançados, alteraram de forma altamente significativa a qualidade de vida da gente deste Goiás novo, com avanços sociais e econômicos inegáveis, que permitem reconhecer e afirmar não apenas o crescimento econômico, não apenas os índices da melhoria da condição de vida das pessoas todas, mas o efetivo DESENVOLVIMENTO do Estado.