Por Irondes José de Morais
Advogado, Ex-Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Ex-Prefeito de Inhumas por duas gestões, Ex-Secretário de Governo do Município de Goiânia e do Estado e Conselheiro aposentado do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás.
O segundo governo de Iris Rezende Machado, ocorreu no interregno de 15 de março de 1991 até 02 de abril de 1994. Período de profundo desequilíbrio fiscal, pois no segundo ano de gestão foi eleito o primeiro Presidente da República após o regime de exceção e num ambiente de mudanças radicais nos procedimentos políticos e econômico financeiro que, despiciendo das mudanças nacionais, já se fazia aqui presente naquele momento.
Goiás, como os demais membros de Federação, sofreu os reflexos, inclusive sociais, com desemprego e dívida pública que não parava de crescer e com pesados encargos, sobretudo folhas de pagamentos em atraso, bem como uma gama de fornecedores.
Naquele momento político-administrativo e com o arrocho fiscal originário da União, o Governo de Goiás tomou medidas que pudessem ao mesmo tempo resgatar, equilibrar e projetar o futuro. Criou uma comissão de negociação da dívida, por meio dos seus órgãos de controle: Tribunal de Contas do Estado, Secretarias do Planejamento e Fazenda, Secretaria do Governo e um representante do órgão estatal detentor de dívida junto a fornecedores e prestadores de serviços. A negociação alcançou deságio de até 45%, dependendo das tabelas de mercado.
Passados oito meses, ou seja, no final do ano de 1991, o Governo estava com todas as contas em dia, início do equilíbrio fiscal, uma vez que o equilíbrio financeiro estava resolvido.
Nessa atmosfera é que a Administração Iris Rezende pode olhar para um horizonte alvissareiro e de melhores perspectivas para a população goiana, com ações programadas e realizadas. Daí ter lançado o Plano de Ações e Metas ao findar de 1992 e consubstanciado no início do ano de 1993.
Com levantamentos das potencialidades de Goiás, somadas ao arrojado governamental, criou-se um círculo de 360 graus em torno dos objetivos de relevantes interesses para o desenvolvimento do Estado.
Significativo salientar que o Plano de Metas e Ações, retratou o que o Governo já houvera realizado e lançou perspectiva na conjugação da capacidade governamental, a riqueza do território goiano e a disposição ferrenha da população em comungar com a austeridade e dinamismo do governo.
Caminhos novos foram traçados diante dos interesses de mais diversificados setores da sociedade como bem retrata o documento Ações e Metas do Governo, o qual sintetiza o profícuo trabalho executado.
Assim é que Iris Rezende Machado, por meio de sua equipe de trabalho, sente-se honrado em ter contribuído, àquela época, com o desenvolvimento do Estado de Goiás que emergiu em todos os seus campos de atividades e necessidades humanas, e hoje, com o desempenho meritório do Instituto Mauro Borges, em premiar as gerações de agora e do futuro, com informações político-administrativas, estatísticas, técnicas e científicas correspondentes ao alto nível de percepção, conduta e desenvoltura da população de Goiás.